A mais recente pesquisa conduzida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) revelou um crescimento de 390% na busca por procedimentos estéticos no Brasil. O levantamento, realizada com mais de 1200 entrevistados, expôs que 80% deles já havia se submetido a algum procedimento não invasivo. O aumento destes índices mostra que hoje se torna cada vez mais popular e acessível a realização de procedimentos estéticos. Os avanços tecnológicos, a maior preocupação com o autocuidado e os preços cada vez mais atrativos são fatores que contribuem para o aumento na busca dos pacientes por opções para a melhora da aparência.
Esta popularização, contudo, também acarreta alguns equívocos, já que boa parcela dos pacientes ainda desconhece as diferenças entre os principais componentes utilizados nos procedimentos pouco invasivos, a toxina botulínica e o ácido hialurônico. “Ainda existe muita confusão entre a função de cada um e o local de aplicação”, explica Luise Albuquerque, dentista e especialista em harmonização orofacial.
A especialista explica que a função principal da toxina botulínica é a de paralisação da musculatura, sendo, portanto, passível de ser aplicada em qualquer músculo da face. “A toxina botulínica é utilizada principalmente para linhas de expressão, como as da testa, pés de galinha, queixo com aspecto de casca de laranja, pequenas linhas horizontais do pescoço e quando cai a ponta do nariz ao sorrir. Pode ser utilizada também para diminuir o sorriso gengival e no tratamento coadjuvante ao bruxismo. Resumindo, em todas as linhas formadas pela força muscular”, argumenta a especialista.
Já o ácido hialurônico é utilizado em procedimentos de reestruturação e ancoragem, quando, naturalmente, a estrutura óssea é perdida ao longo dos anos, e também com a função de volumizar regiões do rosto, equilibrando e harmonizando de forma personalizada. “Os preenchimentos com ácido podem ser aplicados em locais como lábios, olheiras, maçãs do rosto, queixo e têmporas, onde o volume e estruturação vão naturalmente diminuindo com o passar do tempo. Pequenas assimetrias no rosto também podem ser corrigidas com o procedimento”, pontua Luise.
A especialista explica também que outra grande diferença entre os dois compostos é que a toxina botulínica é formada a partir de uma bactéria, chamada Clostridium botulinum. “A toxina é disponibilizada em pó, e reconstituída pelo profissional com soro fisiológico antes de ser aplicada”. Já o ácido hialurônico é disponibilizado no formato de gel e pronto para a aplicação. “O ácido é totalmente biocompatível com o nosso organismo. Além da reestruturação, ele tem o poder de hidratação, puxando a água do organismo para a região na que é aplicado”, esclarece.
Contudo, para saber qual é o procedimento ideal para atender a queixa do paciente, o recomendado é sempre realizar uma consulta com um profissional da área. “Através da anamnese, podemos saber qual será o melhor tratamento a ser aplicado em cada caso”, finaliza a especialista.
Para conhecer mais sobre o trabalho da especialista, acesse o perfil no Instagram @dra.luisealbuquerque.