A inspiração que Renato Ratier teve para marca que leva seu sobrenome vem do movimento modernista e a escola Bauhaus, que aparecem em forma de grafismos e movimentos concisos em suas peças com shapes bem soltos e confortáveis. Uma das características do estilista, suas sobreposições, vêm em forma de capas, camisetas longas e bermudões com leggins. Diferente da primeira coleção apresentada na estação passada, Ratier trouxe uma cartela que foi além do tradicional preto e chumbo, com mostarda, laranja e tons terrosos.
Ver um estilista se esforçar ou mesmo trazer um artifício de peso em uma primeira coleção e não ter o mesmo empenho nas seguintes é comum – e triste. Mas a Ratier conseguiu mostrar que seu empenho se fortificou e voltou inspirado na segunda coleção na semana de moda Paulistana, apresentando uma moda que beira o autoral e ao mesmo tempo causa frisson pelos caras que buscam novidade na moda masculina.
Fotos: Zé Takahashi/Ag. Fotosite via FFW