Claro que não poderia de deixar de levar ao menos uma peça da linda coleção. Fiquei em dúvida em qual levar, primeiro gostei muito da bermuda África – foto abaixo.
Mas acabei trocando por essa essa branquinha da linha Europa, com linda estampa de animais – que já vai ficar para o look de ano novo.
Aproveitando o evento para deixa logo registrado aqui o Look da Semana. Com pegada leve e despojada, num visual bem street fashion com algumas tendências. Boné de animal print, mocassim em camuflagem e caveirismo.
T-shirt: Herchcovitch para MCD; Bermuda: Herchcovitch para MCD; Mocassim: Zara; Boné leopard print: New Era 9fifity.
Aproveitando o lançamento da coleção do querido Caio, fiz uma entrevista com ele sobre sua coleção, inspirações e moda masculina. Nunca conversa gostosa e descontraída enquanto ele arrumava seus cachos para receber os seus convidados.
Caio Braz: Essa coleção é uma vontade que eu tinha há muito tempo. Gosto muito de estampa, e é difícil encontrar no Brasil uma moda mais colorida e divertida para o homem. As camisas que eu fiz anteriormente não tinham muita comunicação umas com as outras, eram estampas diversas que surgiam na imaginação. Nessa primeira coleção, o ponto de partida foi me inspirar na arte de viajar pelo mundo. Essa coleção eu consegui fazer em parceria com um estúdio de Urbelandia (MG); pois uma das coisas que meu trabalho como apresentador permite é conhecer gente de todos os lugares. Assim, a gente criou junto essa coleção com estampas homenageando cada continente, com muito animal print, tendo estampas divertidas, bonitas e alegres.
OCF: O que você acha da moda masculina no Brasil? Melhorou, precisa de mais investimento ou ainda acha que existe um fraco movimento?
CB: As vezes eu vejo as pessoas falando que o homem brasileiro é cafona, mas na verdade acho que ele tem poucas opções a um preço acessível. No exterior as coisas são muito mais baratas e o mercado é mais dinâmico. Mas a culpa não é do mercado, os criadores precisam fazer uma coisa mais “fora da casinha” e com preço justo, assim você dá oportunidade para a informação de moda fluir de uma maneira mais criativa. Ninguém é culpado, é um momento [de transição] que estamos passando, e o que nós temos que fazer é convencer as pessoas que moda é legal.
OCF: Você não acredita também que no mercado falta divulgação de informação de moda masculina, com pouco marketing para a área? Pois eu vejo no mercado que quando se faz pergunta ao homem sobre o que ele quer, este se sente acanhado. Não acha que seria melhor ao invés de perguntar ao homem o que ele quer, poderia oferecer a ele – como é feito na moda em geral -, arriscar?
CB: Sim, eu acho que faz todo o sentido o que você está falando. É muito marketing, é uma questão de saber fazer um bom marketing. A Reserva por exemplo, é um fenômeno de vendas, se a pessoa gosta da marca, ela muita das vezes compra uma camisa básica, branca e simples dela, pois curte a marca e se identifica com ela. A partir disso você tem saúde financeira, pois você não pode também lançar uma coisa muito criativa, conceitual – pois pode não agradar – se não você vai quebrar, precisa ter um mix de produtos legais. Hoje em dia se fala muito em economia criativa, os criadores então precisam exercitar o empreendedorismo. Acho que o caminho é esse, ser inteligente e criativo.
OCF: Quanto a sua coleção, pretende lançar uma a cada temporada ou será mais esporádica?
CB: Eu amo trabalhar, amo criar e influenciar as pessoas de maneira positiva. Então, o que eu puder fazer para essa marca dar certo eu farei, vou me esforçar bastante, pois ela tem bastante potencial.
OCF: Sabendo que na moda temos diversas tribos, cada um com um estilo diferente, você acha que sua coleção tem um público específico, ou acredita que ela agradaria ao público masculino em geral?
CB: Eu acho que tem um primeiro público que ela – a coleção – impacta, que é o pessoal mais informado em moda, pois é o universo que eu trabalho. Mas depois – principalmente com a internet – outras “tribos” terão acesso. Eu me preocupo em fazer produtos não tão fashionstas. Por exemplo, o meu universo é completamente estampado, mas tem camisetas que são brancas, só com o bolso estampado, que os caras que são menos ousados vão curtir também. Então acho que tem pra todo mundo (risos).
OCF: Você como morador do Rio de Janeiro agora, o que acha da moda do carioca?
CB: A moda no Rio é não usar roupa né?! A loja é academia aqui (risos) [Brinca o recifense quase carioca]. Os fashionistas acreditam em São Paulo, mas eu acredito muito no Rio, as marcas mais legais estão aqui. As marcas que mais vendem no Brasil, por exemplo, são a Farme e Reserva, e a Osklen é a internacional de maior prestígio, então se você parar para ver essas três, o Rio está mandando muito bem, ele não é fraco de jeito algum. Eu acho o Rio é um território muito inspirador, e a gente tem que aproveitar essa onda do Brasil.
A coleção está a venda em sua loja virtual onde você pode adquirir as peças sem sair de casa. Caio continua sua “turnê” com o lançamento da coleção por mais quatro estados brasileiros, confira abaixo as datas e se agende.